domingo, 27 de setembro de 2009

DIDÁTICA, PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO - E

A partir da leitura do texto “As origens da modalidade de Currículo Integrado” de Santomé Jurjo Torres, e da realização da atividade em grupo, compreendi a relação existente entre as novas necessidades das economias de produção flexível com o sistema escolar.
Cada vez mais as instituições escolares passam a ser vista da mesma maneira como são vistas as empresas e os mercados econômicos.
Sabemos que durante todo este século os Sistemas Educacionais não permaneceram indiferentes ante as mudanças nos modos de produção e ou gestão empresarial.
O fordismo tinha como filosofia de vida o trabalho individualizado, evitando o contato entre trabalhadores, estes poderiam ser analfabetos surdo ou mudo, pois bastava acompanhar a velocidade da esteira por onde passavam as peças.
O fordismo acaba com o surgimento da necessidade de um trabalhador qualificado , capaz de dominar o conjunto de máquinas se tornando um especialista responsável por determinado setor.
As reformas e as inovações na área da educação só serão compreendidas se forem desveladas as razões e discursos nos quais se baseiam. Tanto as políticas educacionais quanto as modas pedagógicas estão impregnadas de discursos e interesses gerados por diferentes esferas da vida econômica e social.
Cada modelo de produção requer pessoas com capacidade, conhecimento habilidades e valores, no Sistema educacional não é diferente.
Os novos modelos de produção industrial, procurando atender as necessidades de seus consumidores e as estratégias de competitividade exigem das instituições escolares compromissos na formação de indivíduos com conhecimento, competência, habilidade e destrezas de acordo com a filosofia econômica.
Penso que numerosas propostas pedagógicas, divulgadas por órgãos governamentais, vão adquirir sentido se for levado em consideração a interdependência entre a esfera econômica educacional.
A flexibilidade organizacional criada para organizações e programas escolares pode ser uma conseqüência da flexibilidade defendida no mundo empresarial, exigida para que as empresas pudessem se adaptar rapidamente as necessidades do mercado.
Diante das respostas dadas pelos trabalhadores à a sociedade capitalistas, está sendo exaltada a figura do educador, dizendo-se que sem a cooperação do professor, nenhuma inovação pode ser bem sucedida.A qualidade dos processos de educação só será possível a partir do compromisso dos professores.
Faço saber que a introdução de flexibilidade curricular, autonomia das instituições escolares, maior formação e atualização de professores faz parte das antigas reclamações de grupos docentes e sindicais e que precisam ser conservadas para que não acabem perdendo sua riqueza original reduzindo-se em apenas frases feitas e soltas.

domingo, 20 de setembro de 2009

DIDÁTICA, PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO - E

Com objetivo de realizar a 1ª atividade desta interdisciplina, fiz a leitura do texto de Jurjo Torres Santomé “ As origens da modalidade de Currículo integrado”.
Com esta leitura, pude refletir sobre a relação existente entre Sistemas educacionais e modelo empresarial.
Observei a filosofia fordista, onde o principal objetivo era a rentabilidade, baseada no princípio da hierarquia, da autoridade, controle e dominação, desconsiderando a capacidade de decisão do trabalhador sobre o processo de trabalho, bem como sobre as condições de trabalho.
Primavam de que era essencial a existência de homens para estudar e planejar o trabalho, mas que necessário era também ter quem executasse este trabalho sem questionar opinar ou criticar. A estes cabia o dever de acompanhar o ritmo do trabalho, efetuando tarefas repetitivas concretas e simples. Deveria obedecer a máquina, perdendo assim sua autonomia e independência.
Pensando em educação, vários pontos se assemelham, começando pela não participação de alunos, pais e professores nas decisões da escola, do poder centrado na direção, no domínio dos professores sobre os alunos, na falta de autonomia e de expressão crítica .
As normas e diretrizes escolares, ainda elaboradas pelo poder central por quem muitas vezes não conhece a realidade das escolas e dos alunos, os conteúdos nem sempre de encontro ao interesse do aluno, as disciplinas trabalhadas de forma independente, a inexistência da interdisciplinaridade. A avaliação, medida em nota, com se fosse um salário onde ganha mais que é capaz de memorizar, quem melhor faz o que o professor quer que seja feito, sem questionar ou criticar. O modo com conduzimos nosso aluno para se submisso, ouvir e calar, cumprir sem questionar.
Vê–se a necessidade urgente de uma educação verdadeiramente comprometida, com a valorização do ser humano, pois assim teremos cidadãos e cidadãs críticos, capazes de enfrentar políticas de flexibilidade, descentralização e autonomia.

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO BRASIL - E


Segundo o parecer CEB 11 /00, a EJA ( Educação de jovens e adultos) é “ uma modalidade da educação básica nas etapas de Ensino Fundamental e Médio, usufrui de uma especialidade própria que como tal deveria receber um tratamento conseqüente”.
A partir da vivência como educadora, posso afirmar que isto está longe da nossa realidade, começando pela qualificação dos professores para a modalidade EJA. Os professores são preparados para trabalhar com jovens de classe média urbana, os quais apresentam características socioeconômica o diferente da de jovens e adultos trabalhadores, geralmente oriundos de segmentos menos favorecidos da sociedade, exigindo do educador uma maior compreensão .
O educador precisa ter consciência de que está trabalhando com pessoas que tem sua história de vida, portadoras de conhecimentos específicos. Estes conhecimentos necessitam ser trocados com o educador numa relação de ensinar e aprender, ou seja, ambos ensinam e aprendem ao mesmo tempo.
O aluno da EJA, são seres que pensam , tem idéias sobre o mundo que os cerca e formulam seus próprios objetivos. O professor deve ser o mediador, oferecendo oportunidade para que estes objetivos sejam alcançados, possibilitando que o aluno revele através de conversas orais e informais sua capacidade intelectual.