domingo, 20 de setembro de 2009

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO BRASIL - E


Segundo o parecer CEB 11 /00, a EJA ( Educação de jovens e adultos) é “ uma modalidade da educação básica nas etapas de Ensino Fundamental e Médio, usufrui de uma especialidade própria que como tal deveria receber um tratamento conseqüente”.
A partir da vivência como educadora, posso afirmar que isto está longe da nossa realidade, começando pela qualificação dos professores para a modalidade EJA. Os professores são preparados para trabalhar com jovens de classe média urbana, os quais apresentam características socioeconômica o diferente da de jovens e adultos trabalhadores, geralmente oriundos de segmentos menos favorecidos da sociedade, exigindo do educador uma maior compreensão .
O educador precisa ter consciência de que está trabalhando com pessoas que tem sua história de vida, portadoras de conhecimentos específicos. Estes conhecimentos necessitam ser trocados com o educador numa relação de ensinar e aprender, ou seja, ambos ensinam e aprendem ao mesmo tempo.
O aluno da EJA, são seres que pensam , tem idéias sobre o mundo que os cerca e formulam seus próprios objetivos. O professor deve ser o mediador, oferecendo oportunidade para que estes objetivos sejam alcançados, possibilitando que o aluno revele através de conversas orais e informais sua capacidade intelectual.

2 comentários:

Rosângela disse...

Oi Delaine,

A EJA tem suas especificidades, especialmente porque reúne educação, trabalho, prática social e cultura. O professor de EJA deve ter isso claro para aproveitar as vivências dos alunos e convertê-las em conhecimento e reflexão crítica acerca da realidade, mas como tu mesma destacas a qualificação ainda é um problema.
Partindo dessa reflexão, como deve ser pensado o currículo da EJA? O que pensas sobre isso?

Seguimos dialogando!
Beijos, Rô Leffa

Delaine disse...

O curriculo da EJA necessita ser diferenciado e flexibilizado. trabalhar temas geradores atuais onde o aluno sinta que esta "presente", onde exista uma relação de abertura de sensibilidade enre educando e educador. Deve ser democrático e respeitador de todas as culturas, incluindo e trabalhando problematicas da sociedade. O curriculo deve ser de antidiscriminação ou seja, propiciar a reconstrução da história e da cultura dos grupos silenciados.