A muito venho me preocupando com meu tom de voz. Sinto-o muito alto, agudo, alem da rapidez com que as palavras são pronunciadas.
Quando inicio meu trabalho com uma turma nova, transmito uma imagem de professora autoritária, e possessiva, o que na verdade não é real. Como estagiaria, estou procurando me corrigir, tenho como um dos objetivos modular a alta voz em ritmo de conversa, ouvir atentamente cada pronunciamento dos alunos, pedindo aos demais atenção e respeito com quem fala. Instigo o aluno a falar mais sobre o tema, criticar, argumentar, enfim explorar o assunto, só então faço minha réplica. Quando não tenha argumentos ou uma resposta para o que está sendo exposto, instigo os alunos a pesquisa, vou para casa e faço minha a tarefa dos alunos, pesquisar.Na próxima aula retomo ao assunto e juntos chegamos a um denominador comum. Aos alunos deixo claro o meu papel de aprendiz, não sou dona da verdade e com eles tenho muito a ensinar, mas também muito a aprender. Gosto de falar, mas muito mais de escutar, por isso desperto a iniciativa nos alunos de se recriar como alguém que fala e escuta. Estou sempre bem humorada, pois com quarenta anos de experiência profissional, aprendi que o humor é uma das melhores ferramentas na ligação aluno- professor e ensino- aprendizagem. Busco na medida do possível alterar o ensino passivo, pois a passividade não é uma condição natural da infância. Preso pelo aluno disposto, dinâmico, sadio, com capacidade afetiva e motora bem resolvida. Na escola, embora tenhamos um ambiente pleno de regras, currículo, testes e correções, me relaciono amigavelmente com as crianças, pois é nesta na faixa etária dos nove aos dose anos que a interação professor – aluno e a convivência com o grupo escolar se torna mais complexo que a relação com a família, pois a criança precisa se adaptar a horários e respeitar regras. Especialmente na hora do recreio, me dirijo a elas com palavras amigas, um gesto carinhoso, conseguindo assim controlar ou impedir muitas das agressões.Quando me deparo com algum aluno desordeiro, eu o fiscalizo para ver até onde vai. Olho em sua direção, mantendo contato visual, para que saiba que percebi e que quero que a desordem acabe. Se o olhar não funciona, digo alguma coisa, porem com cuidado para que não se caracterize como, agressão verbal, podendo ocasionar frustrações e fracassos por parte do agressor. Se a desordem é grave, encaminho os alunos até o SOE.
( Serviço de Orientação Educacional).
“Um excelente educador não é um ser humano perfeito, mas alguém que tem serenidade para se esvaziar e sensibilidade para aprender.” Augusto Cury- Pais brilhantes, professores fascinantes.
Um comentário:
Delaine!!
Ler as tuas reflexões é uma grande aprendizagem pra mim como educadora. Através das tuas palavras posso perceber que sempre é tempo da gente aprender ou re-aprender alguma coisa.
Parabéns por essa iniciativa!!
Abraços
Roberta
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