A leitura é fundamental na vida de qualquer ser humano. Antes de ler o código escrito e de dominar o alfabeto, a criança lê o valor do incomunicável da linguagem através da hospitalidade de palavras, gestos e ritmos a ela oferecidos pelos que a mantêm,cuidam e amam. Antes mesmo de desenvolver habilidades manuais de precisão com lápis e linhas, as crianças produzem textos orais, lêem imagens e compartilham com adultos e crianças fatos significativos de sua vida.
A leitura deve fazer parte do cotidiano da criança, iniciando com as famosas contações de historias pelo adulto. Ao contar uma história, é necessário que seja bem conhecida do contador, escolhida a seu critério, podendo ser as de antigamente ou atuais, de bruxas ou fadas, não importando que seja ela curta ou comprida, desde que motive a criança, despertando interesse, exigindo assim um clima de envolvimento. Que seja respeitado pausas, intervalos, o tempo para o imaginário de cada criança. A leitura de diferentes versões do mesmo conto de fadas para os alunos é muito importante, podendo variar a apresentações das versões, usando diferentes recursos como filme, historia em quadrinhos, vídeo...para posterior observação de aspectos interessantes ocorridos em ambas as versões, como: presença e caracterização de personagens, ações do enredo, desfecho, referências a tempo e espaço, bem como as ilustrações através de observações.
“È ouvindo histórias que se pode sentir emoções importantes, como a tristeza, a raiva, a irritação, o bem-estar, o medo, a alegria,a tranqüilidade e tantas outras mais e viver profundamente tudo o que as narrativas provocam em quem as ouve com toda amplitude, significância e verdade que cada uma delas fez ou não brotar. É através duma história que se podem descobrir outros lugares, outros tempos, outros jeitos de agir e de ser, outra ética, outra ótica”. ( Fanny Abramovich)
“A representação é reprodução de sentido através da linguagem.” (DALLA ZEN; TRINDADE, 2002), que pode variar de acordo com a época e o contexto cultural, sendo considerada como a construção, a produção e a identidade social do indivíduo que pode reforçar e constituir determinadas “verdades” que tornam práticas sociais históricas e culturais de acordo com a demanda do momento.
Ao longo das atividades propostas pela interdisciplina de Artes Visuais, foi possível desenvolver a arte da leitura de imagens,a observação, a leitura oral e escrita, incentivando os alunos , permitindo aulas melhores e mais criativas.
A interdisciplina de Literatura Infantil, demonstra como trabalhar a leitura através da poesia, dos contos de fada, enfim da infinidade de gêneros literários que podem ser explorados, para desenvolver hábitos de leitura e escrita
A travalingua é uma leitura divertida, desperta a atenção, brinca com o aspecto sonoro das palavras. É um desafio para a leitura oral e agrada muito as crianças.
3 comentários:
Oi Delaine,
Adorei tua postagem! Falas com propriedade sobre a leitura e o modo como ela está presente desde muito cedo na vida das pessoas.
A escola deve mesmo investir em atividades que envolvam a literatura e a ludicidade, buscando formas variadas de entreter e ensinar e isso também envolve a imensidade de gêneros textuais. É pela leitura que a criança vai, aos poucos, construindo seu modo de compreender a realidade.
Nesse aspecto, as interdisciplinas de Literatura Infantil e de Artes Visuais realmente trouxeram contribuições importantes.
Os textos ligados a essas interdisciplinas têm te ajudado a construir o referencial teórico do teu TCC? Que conceitos tens discutido a partir dessas leituras? Que material empírico (do teu estágio) vais utilizar para proceder à análise?
Seguimos dialogando!
Beijos, Rô Leffa.
Realizei meu estágio curricular em uma escola pública, não diferentes das de mais localizadas em municípios pequenos, onde os únicos recursos pedagógicos são o quadro verde e o livro didático.
Embora estejamos na era da informática, onde alunos do pré-escolar já fazem uso do computador, esta não é nossa realidade. Apenas dois dos meus alunos possui computador em casa e um tem acesso na casa de um colega, porem não podemos negar as vantagens desta ferramenta na vida de qualquer um. Os alunos precisam estar preparados para mudanças e aptos a enfrentar realidades diferentes. Utilizei a tecnologia em minha sala por meio de trabalhos cooperativos, onde os colegas que tem a máquina disponível traziam textos e desenhos para os colegas trabalharem, familiarizando os colegas com a tecnologia. Criamos um portifòlio, (caderno) personalizado pelo aluno, onde registravam aprendizagens, dúvidas e satisfações, servindo como instrumento de avaliação, por retratar o processo de aprendizagem do aluno que escreve e do que comenta. (cada postagem é comentada por colegas e professor). Alem de instrumento de avaliação, o portifólio servia como veículo de comunicação entre colegas e professora sobre o processo de aprendizagem, favorecendo e fortalecendo o dialogo entre os atores do processo educativo.
(Cada criança, com auxilio dos colegas criou se próprio Gmaile através do “correio eletrônico” (caixa) enviava e recebia gmail bilhetes) de colegas e da professora.
No início do curso, sofri, chorei, mas hoje, quase no final desta etapa , depois de muito empenho, dedicação, força de vontade e especialmente necessidade, consegui superar conhecimentos tecnológicos, antes considerados impossíveis, o que diga-se de passagem foi a “pedra do meu sapato.”
Hoje, diante do computador dou asas a minha imaginação, exponho idéias, leio, releio, crio, erro, apago, analiso, busco a solução de problemas , procurando acertar, mas caso contrario sei que poderei tentar novamente, pesquisando, buscando orientações precisas, sem críticas e serei orientada a repensar e refazer.
Oi Delaine,
Não entendi por que trouxeste a questão da tecnologia para a discussão. Meus questionamentos não tinham relação com essa temática. Mas, de qualquer forma, trouxeste aspectos importantes que deram visibilidade a tua prática pedagógica e aos problemas da escola pública.
Achei muito interessantes as atividades que realizaste no teu estágio. Elas evidenciam que novas práticas, mais atrativas e inovadoras não dependem exclusivamente do uso de recursos tecnológicos. Parabéns pela tua superação e criatividade!
Beijos, Rô Leffa.
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