Pensava anteriormente que necessitávamos bem pouco da matemática para solucionarmos problemas da nossa vida, porem relendo e refletindo sobre o texto “a importância da matemática”, percebi o quanto as habilidades matemáticas são importantes e estão presentes em nossa vida.
Com certeza, matemática e leitura não podem se separar, precisam seguir juntas, em uma linha paralela.
A matemática é essencial na formação do cidadão. A partir do momento em que convoquei a turma a pesquisar onde o número estava presente na nossa vida, quando saímos em grupo na busca dos mais diferentes lugares onde se encontrava número e trabalhando sobre o valor destes, bem como a quantidade que representavam, a aprendizagem, o domínio e o interesse por esta disciplina foi bem melhor.
Outro fator que deve ser levado em consideração é a integração da matemática com as demais interdisciplinas.
.Segundo Danyluk “é preciso ler e escrever matemática”.Para dar conta da realidade, precisamos de ambas, leitura/escrita e matemática. Uma pode ser mais ou menos formal, polêmica ou ambígua, mas ambas fazem parte da comunicação humana.
O trabalho, quando desenvolvido com auxílio de material concreto para introduzir qualquer atividade , facilita a aprendizagem, tornando assim a aula prazerosa, descontraída e dinâmica.
Insisto na idéia do debate e da pesquisa como facilitador da aprendizagem, jamais oferecendo respostas prontas.
.Apesar da referencia feita quanto a maneira como trabalho matemática em minha sala de aula,, ou seja, de forma concreta, saliento ainda que esta disciplina modificou meu modo de ser como educadora. Todas as atividades matemáticas foram muito interessantes e sugestivas, porém cito como mais desafiadoras, a leitura e construção de gráficos e o uso do geoplano, que facilitou a construção e utilização em sala de aula de figuras geométricas, área, perímetro, medidas e frações, exigindo um certo esforço por ser uma atividade não vivenciada pela turma.
Minha prática de ensino foi enriquecida após a leitura do texto: O geoplano do professor José Carlos Pinto Leivas.
A turma adorou trabalhar com problemas não-convencionais, isto depois de uma pesquisa feita em grupo sobre conceitos onde puderam constatar que estes apenas exigem mais atenção na interpretação, podendo apresentar múltiplas respostas ou ainda oferecer dados que não serão usados na solução do problema. Aí, está associada a leitura, pois só quem lê consegue escrever e interpretar.
Em Estudos Sociais, explorei o tempo físico, histórico e social, levando a criança a analisar contextos da época de modo a perceber seu tempo como diferente de outros tempos ou épocas, rebusquei fatos e fotos antigas, trouxe para a sala relatos orais de pessoas que nasceram e passaram parte de suas vidas em épocas mais antigas, fazendo um paralelo entre o que mudou e o que ainda existe no espaço onde vivemos, comparando o antes e o depois, criando nossa historia.
Como minha turma é composta por alunos de diferentes etnias, ao iniciar o estudo sobre Imigração no Rio G do Sul, o fiz através de pesquisa, com o intuito de buscar informações sobre a vida dos alunos e familiares como: local de nascimento, de onde vieram, porque vieram, quando vieram etc.
Foi feito cartazes sobre as etnias, localizamos no mapa os países , municípios e estados de origem , relacionando usos e costumes entre as famílias.( Este tema foi bem explorado).
Este trabalho teve o intuito de preparar o aluno para entender o tempo como dimensão contínua, que passa sem cessar; percebendo que o tempo abrange momentos ( tempo físico) sobre o qual os homens escrevem sua trajetória , fruto de suas relações sociais (tempo histórico).
Ao iniciar, a interdisciplina do Seminário Integrador, fiquei bastante apreensiva, pois confesso que não entendia bem a que se referia. Pouco a pouco fui percebendo que através da troca de experiências, de idéias, da relação professor aluno, é que se dá o ensino aprendizagem.
O lançamento de perguntas criadas para a entrevista com os pais e comunidade demonstrou o domínio que tinham sobre a leitura.
Procuro passar para os alunos o espírito crítico , criativo e curioso que trago comigo, pois acredito que assim a aprendizagem acontecerá de maneira autêntica.
Para dar conta da realidade precisamos da leitura/escrita e matemática.Não se lê bem a realidade sem o concurso de ambas e é por isso que, falando de propedêutica básica, aparecem, sempre juntas, ao lado da filosofia, linguagem e matemática( Demo,1995ª)
Para poder traçar a linha de tempo com meus alunos, precisamos fazer uma reconstituição do passado de cada aluno, de cada família. Formulamos perguntas, entrevistamos, interpretamos respostas, montamos textos e executamos leitura oral. Rebuscamos fatos e fotos, para fazer um comparativo com o presente. Refletimos sobre o que mudou e o que permanece com poucas ou nenhumas alterações, como o caso do quadro verde e giz como único recurso pedagógico e a maneira tradicional de professor “ensinar”.Os alunos com bastante dificuldade conseguiram com auxílio da professora desenvolver este trabalho, pois possuem um vocabulário bastante pobre, resultado da falta de leitura.
Fiz toda esta descrição, querendo provar a necessidade e importância do professor trabalhar a leitura desde as séries iniciais, ou melhor, desde a Educação Infantil.
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Um comentário:
Oi Delaine,
Tua postagem pontua muito bem aspectos importantes trabalhados nos eixos iniciais do curso. Destacaste elementos teóricos e os relacionasse com a tua prática docente. Parabéns!
Percebo, sobretudo, em tua reflexão, que, a partir dessas interdisciplinas, encontraste novas possibilidades de trabalhar a Matemática, as Ciências Naturais e Sociais. Isso revela que a tua aprendizagem atingiu dimensões pessoais, profissionais e sociais, intituindo não apenas uma nova maneira de pensar mas de fazer educação.
Beijos, Rô Leffa.
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