quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Durante este eixo, a interdisciplinas estiveram interligadas em torno de um tema importantíssimo na vida do educando e do educador “leitura”. Este tema nos chama à responsabilidade a partir do momento em que vimos que mesmo a criança com dificuldade de aprendizagem é capaz de ler, de acordo com suas possibilidades e limites, folhando livros, olhando figuras, ainda que não decodifique palavras e frases escritas, aprende observando o gosto pela leitura dos outros( pais, professores ou outras criança). O processo de aprendizado começa com a percepção da existência de coisas que serve,m para ser lidas e de sinais gráficos.
Quanto mais cedo historias orais e escritas entrarem para a vida de qualquer criança sem exceção, maiores as chances de ela despertar o gosto pela leitura.Escutando histórias, conhecendo o livro como objeto tátil,”que ele toca, vê e tenta compreender as imagens que enxerga”. Diz Perroti (2006,p.18)
Na interdisciplina de Necessidades Especiais, convivi com a importância da leitura no desenvolvimento e aprendizagem na vida de uma criança surda, ao fazer o dossiê da Bibi. ( surda). A partir do momento em que pude presenciar uma aula com turma de seis alunos, senti o entusiasmo e o interesse de cada criança, quando a professora através de material concreto e da língua de sinais apresentava histórias na hora do conto
A leitura labial, a língua dos sinais, as gravuras e gestos, tudo isso servia como incentivo, despertando alegria, horror, emoções.
Segundo Odeh (2000) “encontram-se na literatura brasileira estimativa e referências variadas sobre o atendimento em Educação Especial para crianças com deficiências.”.
“Este eixo esteve também voltado para a cultura, onde a leitura se apresenta como pré-requisito, sendo a grande responsável pelo conhecimento, através do qual o” homem “ resiste com argumentos ao ser ordenado pelos poderes públicos que executem determinada tarefa, considerada contra seus princípios.
A única e verdadeira força contra o princípio de Auschwitz seria a autonomia, se é que posso utilizar a expressão de Kant; a força para a reflexão, para auto determinação, para a não participação. Estes princípios provem a partir do momento em que através da leitura, buscamos formar cidadão reflexivo, crítico, capaz de expor e argumentar seu próprio pensamento.
Como citei anteriormente, à toda criança deve ser dado o direito e o acesso a leitura, , pois como ser pensante, mesmo sem dominar a leitura e a escrita formal , conseguem fazer “ leituras” visto que a família, a televisão , os filmes, as gravuras, materiais lúdicos , grupos sociais e discursos também educam.
“As múltiplas histórias, experiências e culturas devem ter espaço para ali dizer suas verdades que se cruzam as fronteiras” ( Corazza 1998).

Um comentário:

Rosângela disse...

Oi Delaine,

Tua reflexão reforça a ideia de que a leitura está muito presente na vida das pessoas, pois a leitura não precisa ser necessariamente de material escrito, mas de imagens, de gestos, de expressões faciais. Certamente, quanto maior for nossa experiência diferentes formas de leitura (e de textos) maior nossa capacidade de compreender, de analisar, de desenvolver o pensamento crítico. Por isso, a escola tem o compromisso de trabalhar a leitura, não apenas como atividade obrigatória, mas como forma de diversão, de prazer sem esquecer-se do seu compromisso político, o de desenvolver uma leitura que permita aos alunos compreenderem a realidade em que vivem para nela atuarem, participarem ativamente.

A leitura é sempre um tema muito rico e oferece inúmeras possibilidades de discussão.

Beijos, Rô Leffa.