quinta-feira, 12 de novembro de 2009

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO BRASIL - E


Sabemos que a maioria dos jovens e adultos que freqüentam classes da EJA, são pessoas que sofreram algum tipo de discriminação, exclusão escolar na infância e ou na adolescência. São alunos trabalhadores e, muitas vezes começaram a trabalhar ainda quando eram crianças, pela necessidade de auxiliar na renda familiar.
São pessoas letradas, devido as funções diferenciadas que ocuparam, bem como auxiliadas pelo contato que as relações pessoais lhes proporcionaram ou então pela aprendizagem via escola ou treinamento destas funções.
Com base nestes conhecimentos, onde os educandos buscam resgatar sua dignidade, sua autonomia, e sua auto-estima, como educadores somos desafiados a lançar um olhar diferenciado em relação ao que temos com as crianças e adolescentes. Segundo Marta Kohl de Oliveira, os jovens e os adultos carregam consigo uma bagagem de conhecimentos acumulados, de experiências de vida, apresentando diferentes tipos de habilidades e muito maior capacidade de reflexão sobre conhecimentos e seus próprios processos de aprendizagem.
Um dos pontos que a autora chama a atenção e que concordo plenamente é quanto a capacitação do professor, a adequação da escola, currículos, programas e métodos de ensino para EJA. Enquanto estes itens não forem diferenciados dos empregados com crianças, continuará o alto índice de evasão e repetência , pela falta de sintonia entre o ambiente escolar e o aluno.
É uma humilhação para um jovem ou adulto ter de estudar como se fosse criança, renunciando a tudo o que a vida lhe ensinou. É preciso que este aluno seja respeitado ,utilizando-se métodos apropriados, resgatando a importância de sua biografia.
Estes alunos já foram desrespeitados uma vez quando tiveram negado seu direito a educação., portanto, quando decidem retomar sua instrução não é justo que sejam humilhados mais uma vez, por metodologia que lhes nega o direito a resgatar sua história , a afirmação de sua identidade e sua cultura.
Mareta kohl ( PROFA, 2000) diz que “ o adulto tem conhecimento acumulado, tem uma relação com o mundo que é muito mais sofisticada do que a das crianças. Não é sofisticada em termos de escolares, mas é em termos de desenvolvimento humano . A escola precisa estar ajustada a esta cabeça adulta”.
Enfatizo também a necessidade de um educador bem formado, capaz de ouvir, argumentar, mas permitir que o educando se torne um cidadão crítico e determinado, com vez e voz.
.Freire criticava o conhecimento bancário, por definir que ao educador não cabe nenhum outro papel que não o de disciplinar a entrada do mundo nos educandos. Seu trabalho será também o de imitar o mundo. O de” encher” os educandos de conteúdos. Ainda Freire, afirmava que educandos e educadores são sujeitos ativos na pratica educativa, e que mesmo os analfabetos fazem cultura sem nunca terem ido a escola tanto quanto os que por ela passaram.

domingo, 25 de outubro de 2009

LINGUA BRASILEIRA DE SINAIS - LIBRAS - EAD - E

Quando iniciei minha carreira profissional como professora,, tinha uma resistência muito forte quanto a receber em sala de aula aluno com deficiência auditiva. Minha primeira experiência foi em 1980, quando trabalhando em escola unidocente fui desafiada a alfabetizar uma aluna surda. Esta aluna emitia sons, mas era totalmente surda. Parti para o reconhecimento e o registro dos “sinais caseiros”, considerando-os como um elemento cultural, pois deixava transparecer a cultura do grupo social onde a aluna estava inserida, apresentando sua identidade através de marcas de expressão oral ou não.
A cada dia sentia necessidade de sistematizar e incorporar os gestos criados pela família e ou grupo social, legitimando essa forma de comunicação, de modo a permitir a comunicação entre os integrantes da comunidade escolar.
As pessoas que não escutam, não podem ser consideradas mudas, pois emitem sons.
A pessoa surda consegue se comunicar normalmente pela língua brasileira de sinais (LIBRAS), que não é mímica, mas sim uma língua natural, gestual e visual, com expressão não só facial como corporal permitindo a expressão de idéias, sentimentos e emoções. Através de vivência familiar com pessoa surda, passei a perceber que os portadores de surdez tem direitos e deveres iguais aos ditos “normais”, apenas desenvolvem potencialidades psicológicas e culturais próprias.
Observando minha sobrinha, uma menina com nove anos de idade, portadora de deficiência auditiva,percebo a capacidade de comunicação pela língua de sinais, a facilidade em formular raciocínio lógico, a habilidade em criar, o equilíbrio e o ritmo, concluindo que a surdez não a impossibilita de desenvolver suas potencialidades.
No caso, se tivermos alguém que interprete a língua de sinais, a comunicação se torna bem mais fluente e aperfeiçoada,porem quando não há interprete, é indispensável o contato visual, para já a leitura labial.




LINGUAGEM E EDUCAÇÃO - E

Vejo o espaço escolar como sendo o espaço de sala de aula, onde professor e aluno interagem num mesmo processo de ensino-aprendizagem.
Sabemos que o aluno ao chegar à escola, traz consigo uma bagagem de conhecimentos, uma cultura social adquirida com a família e com o contexto social onde convive, portanto sendo um ser letrado. Os conhecimentos adquiridos sem que haja contato com a língua escrita, precisa ser diagnosticado, valorizado e explorado pelo professor. É indispensável que o educador busque conhecer a realidade de cada aluno, seus conhecimentos, hábitos, atitudes e capacidade para então procurar alfabetizá-lo, não apenas ensinando a codificar e decodificar mensagens, mas envolvendo a escrita em situações sociais.
Muitas vezes deixamos esvaziar o currículo do letramento social, fazendo uso quase que exclusivo da alfabetização como sendo um processo de aquisição de códigos, letras e números. Alfabetização e letramento, embora sendo distintos, são interdependentes e indissociáveis, assim a alfabetização só tem sentido quando desenvolvida em um contexto de praticas sociais de leitura e escrita, ou seja, num contexto de letramento.
Exigimos que nosso aluno se aproprie de determinado conhecimento para assim ser valorizado e obter êxito na escola. Nós, quanto educadores, somos responsáveis pelo desenvolvimento ou não do senso critico do aluno, adquirido através do letramento social, portanto cabe a nós a tarefa de incentivar nosso aluno a exercer tarefas com responsabilidade, participando de atividades em casa ou na escola, para que assim construam suas próprias aprendizagens.
Para que a escola realmente esteja envolvida com o “ letramento social”, é preciso que admita a pluralidade das práticas letradas, dando valor ao seu significado cultural e ao contexto de produção.
Paulo Freire protestava contra” a alfabetização puramente mecânica” e advogava uma “alfabetização direta e realmente ligada a democratização da cultura” (1975,p.104).

DIDÁTICA, PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO - E

Ao repensar as marcas que as praticas pedagógicas deixaram em minha vida profissional, no decorrer destes quarenta anos de magistério, sem incluir minha vida como estudante, descobri que muitos de meus atos, minhas idéias, minhas marcas foram herdadas e adquiridas. Digo isto, porque hoje compreendo que muito do que faço é apenas uma continuação do que aprendi desde o primário e que marcaram minha vida. Cito como exemplo a hora do conto, onde nós crianças tínhamos a oportunidade e o direito de relatar histórias reais e ou imaginárias. Tenho como marca visível em minha sala, o respeito pelo aluno, por suas limitações, suas dúvidas, medos e anseios, isto é resultado do tempo de primário, quando eu aluna da 4ª série entrava em pânico quando precisa ir ao quadro fazer qualquer tarefa.
A professora, com respeito e bondade tentava me incentivar dizendo que eu lia bem, escrevia corretamente, que não precisava ficar nervosa. O que ela não percebia era que eu vinha de uma família muito pobre, nunca notou que eu vinha descalça motivo pelo qual me negava a ir diante da turma.
Cito isto apenas para frisar o quanto nós educadores temos o dever de conhecer a realidade do aluno para oferecer um atendimento individualizado. A cultura da minha família era diferente das demais, não tínhamos luz elétrica, como saberíamos discutir novela ou futebol que os demais ouviam no rádio? Eu, como muitos de nossos alunos ficava “”a margem”, isto me machucava muito, prejudicava minha aprendizagem , não conseguia me comunicar, me sentia ridicularizada.
Acredito que foram estes desafios que despertaram minha vontade de vencer, meu interesse pelo magistério, onde posso contribuir para o desenvolvimento integral do aluno.
A partir da primeira atividade “o menininho” de Helen Buckley, pude fazer uma análise do quanto nós professores influenciamos positiva ou negativamente na vida de nossos alunos. Percebo que os ensinamentos de hoje, muito tem a ver com os ensinamentos de Comênio (1592). Cito o respeito, à capacidade de compreensão do aluno, a pratica de motivação, o incentivo à pratica do aluno solidário, o relacionamento harmonioso entre discentes e docentes.


domingo, 27 de setembro de 2009

DIDÁTICA, PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO - E

A partir da leitura do texto “As origens da modalidade de Currículo Integrado” de Santomé Jurjo Torres, e da realização da atividade em grupo, compreendi a relação existente entre as novas necessidades das economias de produção flexível com o sistema escolar.
Cada vez mais as instituições escolares passam a ser vista da mesma maneira como são vistas as empresas e os mercados econômicos.
Sabemos que durante todo este século os Sistemas Educacionais não permaneceram indiferentes ante as mudanças nos modos de produção e ou gestão empresarial.
O fordismo tinha como filosofia de vida o trabalho individualizado, evitando o contato entre trabalhadores, estes poderiam ser analfabetos surdo ou mudo, pois bastava acompanhar a velocidade da esteira por onde passavam as peças.
O fordismo acaba com o surgimento da necessidade de um trabalhador qualificado , capaz de dominar o conjunto de máquinas se tornando um especialista responsável por determinado setor.
As reformas e as inovações na área da educação só serão compreendidas se forem desveladas as razões e discursos nos quais se baseiam. Tanto as políticas educacionais quanto as modas pedagógicas estão impregnadas de discursos e interesses gerados por diferentes esferas da vida econômica e social.
Cada modelo de produção requer pessoas com capacidade, conhecimento habilidades e valores, no Sistema educacional não é diferente.
Os novos modelos de produção industrial, procurando atender as necessidades de seus consumidores e as estratégias de competitividade exigem das instituições escolares compromissos na formação de indivíduos com conhecimento, competência, habilidade e destrezas de acordo com a filosofia econômica.
Penso que numerosas propostas pedagógicas, divulgadas por órgãos governamentais, vão adquirir sentido se for levado em consideração a interdependência entre a esfera econômica educacional.
A flexibilidade organizacional criada para organizações e programas escolares pode ser uma conseqüência da flexibilidade defendida no mundo empresarial, exigida para que as empresas pudessem se adaptar rapidamente as necessidades do mercado.
Diante das respostas dadas pelos trabalhadores à a sociedade capitalistas, está sendo exaltada a figura do educador, dizendo-se que sem a cooperação do professor, nenhuma inovação pode ser bem sucedida.A qualidade dos processos de educação só será possível a partir do compromisso dos professores.
Faço saber que a introdução de flexibilidade curricular, autonomia das instituições escolares, maior formação e atualização de professores faz parte das antigas reclamações de grupos docentes e sindicais e que precisam ser conservadas para que não acabem perdendo sua riqueza original reduzindo-se em apenas frases feitas e soltas.

domingo, 20 de setembro de 2009

DIDÁTICA, PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO - E

Com objetivo de realizar a 1ª atividade desta interdisciplina, fiz a leitura do texto de Jurjo Torres Santomé “ As origens da modalidade de Currículo integrado”.
Com esta leitura, pude refletir sobre a relação existente entre Sistemas educacionais e modelo empresarial.
Observei a filosofia fordista, onde o principal objetivo era a rentabilidade, baseada no princípio da hierarquia, da autoridade, controle e dominação, desconsiderando a capacidade de decisão do trabalhador sobre o processo de trabalho, bem como sobre as condições de trabalho.
Primavam de que era essencial a existência de homens para estudar e planejar o trabalho, mas que necessário era também ter quem executasse este trabalho sem questionar opinar ou criticar. A estes cabia o dever de acompanhar o ritmo do trabalho, efetuando tarefas repetitivas concretas e simples. Deveria obedecer a máquina, perdendo assim sua autonomia e independência.
Pensando em educação, vários pontos se assemelham, começando pela não participação de alunos, pais e professores nas decisões da escola, do poder centrado na direção, no domínio dos professores sobre os alunos, na falta de autonomia e de expressão crítica .
As normas e diretrizes escolares, ainda elaboradas pelo poder central por quem muitas vezes não conhece a realidade das escolas e dos alunos, os conteúdos nem sempre de encontro ao interesse do aluno, as disciplinas trabalhadas de forma independente, a inexistência da interdisciplinaridade. A avaliação, medida em nota, com se fosse um salário onde ganha mais que é capaz de memorizar, quem melhor faz o que o professor quer que seja feito, sem questionar ou criticar. O modo com conduzimos nosso aluno para se submisso, ouvir e calar, cumprir sem questionar.
Vê–se a necessidade urgente de uma educação verdadeiramente comprometida, com a valorização do ser humano, pois assim teremos cidadãos e cidadãs críticos, capazes de enfrentar políticas de flexibilidade, descentralização e autonomia.

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO BRASIL - E


Segundo o parecer CEB 11 /00, a EJA ( Educação de jovens e adultos) é “ uma modalidade da educação básica nas etapas de Ensino Fundamental e Médio, usufrui de uma especialidade própria que como tal deveria receber um tratamento conseqüente”.
A partir da vivência como educadora, posso afirmar que isto está longe da nossa realidade, começando pela qualificação dos professores para a modalidade EJA. Os professores são preparados para trabalhar com jovens de classe média urbana, os quais apresentam características socioeconômica o diferente da de jovens e adultos trabalhadores, geralmente oriundos de segmentos menos favorecidos da sociedade, exigindo do educador uma maior compreensão .
O educador precisa ter consciência de que está trabalhando com pessoas que tem sua história de vida, portadoras de conhecimentos específicos. Estes conhecimentos necessitam ser trocados com o educador numa relação de ensinar e aprender, ou seja, ambos ensinam e aprendem ao mesmo tempo.
O aluno da EJA, são seres que pensam , tem idéias sobre o mundo que os cerca e formulam seus próprios objetivos. O professor deve ser o mediador, oferecendo oportunidade para que estes objetivos sejam alcançados, possibilitando que o aluno revele através de conversas orais e informais sua capacidade intelectual.

sábado, 6 de junho de 2009

EDUCAÇÃO DE PESSOAS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS - E

O autismo é um distúrbio no desenvolvimento do ser humano que geralmente se manifesta antes dos três anos de idade. A identificação de um autista não ocorre com a mesma facilidade de outras síndromes com deficiência auditiva, Síndrome de Down, pois não há diferença alguma na aparência física, motivo pelo qual a sociedade custa a compreender atitudes deste ser aparentemente sadio. Ainda hoje desconhece-se a causa do autismo. Atribui-se por vezes atitudes agressivas comuns ao autista como mau comportamento, visto que o autismo é muito confundido com retardamento mental, onde a agressão é uma de suas características, devido a confusão entre retardo e autismo, o autista pode passar a ser considerado como gênio.
O portador deste distúrbio não gosta de ser tocado, um simples abraço, um gesto carinhoso, provoca sensação muito desconfortável ao autista.
Apresenta dificuldade em se relacionar com outras pessoas, seja na comunicação verbal ou não- verbal.
O termo autismo vem do grego “autós”, que significa “de si mesmo”. Por este motivo , se diz que as crianças que sofrem desse transtorno vivem isolados, num mundo particular. Por natureza este ser humano tem grande dificuldade de interagir com o outro, talvez por não poder compensar a falta de fala, devido o comprometimento que o distúrbio ocasiona na linguagem.Muitas vezes alem do autista não falar, sequer faz gestos, o que dificulta ainda mais a ação do professor.
Dentro da área das necessidades educativas especiais, o autismo ainda sofre grande discriminação , pois as pessoas tem medo do desconhecido.
O autista tem dificuldade de interpretar, compreender gírias ou metáforas leva, tudo ao pé da letra, se lhe dissermos que “choverá dinheiro”, confia e espera este momento para recolher o dinheiro.
O autista deve ser inserido no sistema regular comum , para aprender a conviver com o outro, porem necessita de atendimento nas áreas de fonoaudiologia, fisiologia, psicopedagogia, musicoterapia e informática.
O autismo não tem cura, porem uma parcela, embora pequena consegue desempenhar tarefas importantes, pois apresentam talento para determinadas áreas como música, artes, informática, matemática... é ainda capaz de decorar textos ou livros inteiros.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

QUESTÕES ETNICO-RACIAIS NA EDUCAÇÃO

Com o objetivo de realizar a atividade da Interdisciplina de Questões Étnico Raciais, procurei interagir com uma turma de jovens, alunos do Ensino Médio.
Travamos um diálogo, onde interroguei como cada um deles se auto- identificam do ponto de vista étnico racial. A turma é composta de brancos, negros, e amarelos (japoneses.)
Apenas uma aluna se identificou como negra, o que estava declarado na cor de sua pele. Pedi que os alunos japoneses colocassem sua posição quanto a permanência naquela turma, sua aceitação no grupo, companheirismo, autonomia,incentivo por parte do corpo docente, respeito.
Dando continuidade, sugeri que a colega negra expusesse seu ponto de vista quanto as colocações dos colegas japoneses, comparando com o que e como se sente sendo aluna desta escola e colega de sala de brancos e japoneses. A aluna de forma espontânea, contou de sua satisfação em freqüentar esta escola e ter como colegas esta turma. Na formação de grupos para realizar qualquer atividade, sempre é convidada , suas idéias são respeitadas e aproveitadas quando condizem com o assunto em pauta, tem direitos e deveres iguais, é tratada pela equipe diretiva com o mesmo respeito dedicado ao restante da turma. Participa de todas as atividades da escola, como concurso a garota da escola, onde era a única negra , conquistando o título de garota simpatia.
A escola onde estudam estes alunos, apresenta um ambiente acolhedor, tanto na parte física como pedagógica. A equipe diretiva, professores e comunidade se empenham para incluir a todos, se, preconceito ou discriminação.
Marta, a colega negra é uma jovem tranqüila, bem humorada, com uma elevada auto estima, é esforçada, vencendo todas as séries sem reprovação.
Considero de fundamental importância o olhar na multiculturalidade que se vê nesta escola e nas salas de aula
Está explicito nesta escola as dimensões apresentadas no texto de Marilene Leal Paré ” Auto- Imagem e Auto Estima na Criança Negra: um Olhar sobre o seu Desempenho Escolar” através da interação entre culturas, da liberdade de expressão, podendo manifestar sua história e a sua cultura por meio de dança, música, credo religioso, culinária, hábitos e costumes.

DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM SOB O ENFOQUE DA PSICOLOGIA II - E

Ao aplicarmos o método clínico sobre a conservação do número, em alunos do 1º ano, nos preocupamos em seguir rigorosamente o roteiro de registro e análise das provas aplicadas.Como observadora, percebi que a apresentadora conduziu o trabalho de maneira bastante rigorosa,seguindo a seqüência do questionamento, sem permitir nenhuma mudança , como se isto fosse alterar o resultado. Procurou nunca interferir ou sugerir nas descobertas da criança. Após a aplicação, nos reunimos e constatamos que a criança possuía noção de conservação e se encontrava no estádio pré- operatório.
Com as explicações dadas pela professora na aula presencial, aprendi que o interesse do método clinico é instigar a criança, investigar as explicações fornecidas e ao o número de acertos que apresenta.
O método clínico tem grande valor no que diz respeito a pesquisa, formulação de hipóteses e reconhecimento matemático.
Através do exemplo apresentado pela professora Jaqueline na aula presencial, foi possível entender como pode ser encaminhado o método, bem como identificar o estádio de desenvolvimento da criança.
Estádio pré- operatório: Como se a criança tirasse uma foto de cada momento.
Estádio operatório- concreto: É como se fosse uma filmadora que registra e acompanha o desenvolvimento , transforma e percebe a quantidade.
Os estádios do desenvolvimento estão sempre relacionados com o anterior e podem ocorrer em qualquer momento da nossa vida, dependendo da situação.
Ao aprende que os estágios acontecem em seqüência , independente da ordem cronológica, foi possível compreender que ao pensarmos em planejar nossas atividades, precisamos conhecer o estádio em que se encontram nossos alunos, para gradativamente introduzir as atividades, de modo que esta favoreça o desenvolvimento da seguinte.
É necessário termos bem desenvolvido nosso senso de observação, pois só assim será possível situar a criança no estádio certo , promovendo assim sua aprendizagem.

terça-feira, 12 de maio de 2009

QUESTÕES ÉTNICO-RACIAIS NA EDUCAÇÃO

Após realizar a entrevista com alunos negros, preocupei-me com a colocação relativa a alguns de seus ex-colegas que evadiam ou reprovavam, sendo acusada a discriminação como causa principal. Procurei me apropriar do assunto, buscando leituras informativas e descobri que o rendimento do aluno negro no Ensino Básico caiu entre 1995 e 2001, segundo levantamento feito pelo Inep, baseado em dados do Sistema Nacional da Educação Básica.
Os fatores apresentados como responsáveis pelo baixo aproveitamento escolar dos afro-descendentes, são as más condições sócio econômicas em que vivem, como moradia precária, alimentação inadequada e baixa escolaridade da família, porem prevalece a questão do preconceito racial, prática difusa perpetrada pela sociedade.
Sabemos que em todas as escolas do Brasil, a discriminação racial é altamente considerada, embora fique disfarçado no mito da “democracia racial”.
È bem verdade que toda criança aprende, independente da raça, cor ou religião, basta
considerar os conhecimentos prévios, conhecer a realidade de cada criança e respeitar sua individualidade.
Como citou um dos entrevistados, o baixo rendimento do aluno negro, ou sua evasão se dá pela ausência de temas relacionados a população afro-descendentes nos currículos escolares.
Nós professores além de não termos uma qualificação adequada com ênfase nas questões étnicas e culturais, mesmo tentando pesquisar textos ,buscando incentivar nossos alunos, encontramos apenas leituras voltadas para a cultura eurocêntrica .
Se a cultura negra tanto contribuiu para a cultura brasileira, está mais do que na hora de colocarmos em pratica a lei 10.639/2003 e incluir no currículo do Ensino Médio a obrigatoriedade da temática Historia e Cultura Afro- Brasileira.
Com professores capacitados, e currículo incluído, com certeza saberemos respeitar e valorizar o aluno negro, tendo assim uma sala de aula democrática e uma educação de qualidade.

QUESTÕES ÉTNICO-RACIAIS NA EDUCAÇÃO

A lei 10.639/2003, abre espaço para que o negro seja incluído nas propostas curriculares, como sujeito histórico. O brasileiro, de um modo geral quase nada sabe a respeito da história e cultura afro-descendente, tendo ainda muito preconceito. Trabalhamos em nossas escolas a Libertação dos escravos, lembrando a entrada do negro no Brasil como escravo, vendido como mercadoria. Em nossos cartazes geralmente é exibida a imagem do negro seminu, descalço, selvagem, massacrado pelo branco.
Esta maneira de trabalhar o tema, leva crianças e adolescentes afro-descendentes a se sentirem revoltados, inferiorizados, podendo acarretar danos morais e psicológicos, influenciando em sua aprendizagem, freqüência e permanência na escola, visto que o racismo, o preconceito e a discriminação são os principais malefícios ocorridos na escola e na sociedade.
Sabemos que tratar a temática do negro no currículo escolar não é privilegio do professor negro , de ter conhecimento ou não do tema, mas é a lei que dá este caráter obrigatório para todo o magistério.
È urgente a necessidade de ter-se professores capacitados e preparados para que venha a cumprir a lei acima citada.
Precisamos despertar no nosso aluno o olhar crítico, para que a luz dos ensinamentos transmitidos pela escola, vejam a história do africano livre, dono de sua vida, com sua cultura própria, recuperando a auto estima. Com conhecimento e aceitação dos valores culturais, estaremos facilitando as trocas interculturais na escola e na sociedade.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

FILOSOFIA

Após assistir a aula presencial da interdisciplina de Filosofia, compreendi que a educação pode se dar de três maneiras:Transmissora e conservadora: O professor é o detentor do saber, transmite o conhecimento e o aluno o absorve de maneira passiva, sem questionar. É conservada a hierarquia, o respeito, onde o aluno escuta e executa de maneira automática.
Transformadora: Instiga o aluno a questionar, procura conhecer sua realidade para atender sua individualidade, é o tipo de educação que gera conhecimento, que introduz o aluno na sociedade para construí-la ou modificá-la. Permite o crescimento do aluno e eleva sua auto- estima . Precisamos pensar e agir de maneira democrática, pois somente assim teremos alunos capazes de assimilar teoria e prática.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM SOB O ENFOQUE DA PSICOLOGIA II - E

A partir da realização da aula 3-Aprendizagem, pude perceber que a ação é promotora da aprendizagem, visto que aprendemos muito mais e melhor a partir do momento em que interagimos com a situação. Para que ocorra a aprendizagem, vários fatores influenciam de maneira significativa, como: Clareza de objetivo, interesse, conhecimento prévio,” embora não seja este exigência para aprendizagem”, motivação, oportunidade, estímulo, ação e bom censo de quem ensina, permitindo assim que o educando seja um agente ativo no processo de aprendizagem.
Está comprovado, que a aprendizagem ocorre a partir do momento em que o educando não apenas ouve, mas toca, sente, manifesta sua curiosidade, critica, formula hipóteses e busca soluções.
A partir do erro e do acerto é que a aprendizagem se torna significativa , pois o educando é estimulado a dar resposta ao que lhe é proposto de maneira prática.
Assim como minha instrutora agiu ao querer me ensinar a andar de bicicleta, buscando meus conhecimentos prévios, conhecendo minha realidade, assim também os educadores devem proceder ao elaborar sua proposta de trabalho.

SEMINÁRIO INTEGRADOR VI - E

Durante o V semestre, na interdisciplina Seminário Integrador, desenvolvemos em grupo um projeto de aprendizagem.
Por opção do grupo, a pergunta escolhida foi: O que determina os diferentes grupos sanguíneos?
Foram realizadas algumas reuniões, feito pesquisa, elaborado mapas conceituais e finalmente concluído o projeto.
Como aprendizagem, ficou marcado que na realização de um projeto, a parte fundamental não é o resultado obtido, mas sim o processo do desenvolvimento, o caminho percorrido, o envolvimento, as reflexões,o fazer e refazer,a organização, , a aceitação do outro dentro de seus limites, enfim a mudança de comportamento.
Crescemos muito quando somos capazes não só de analisar nossos erros, dúvidas e certezas, mas de aceitá-las ou transformá-las.
Agora compreendo que para se ter êxito na execução de um projeto é necessário cautela e conhecimento na elaboração da pergunta para que seja produtiva, abrindo assim espaço para uma pesquisa bem fundamentada.
Se o trabalho for em equipe, é necessário que se tenha discernimento , calma e resignação para ouvir, aceitar, interagir, participar, analisar, com autoridade sem ser autoritário
As aprendizagens, duvidas, argumentos e as fontes pesquisadas devem ser registrada com coerência e clareza, para melhor compreensão e entendimento de todos que a ela tenham acesso.

DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM SOB O ENFOQUE DA PSICOLOGIA II - E

Lendo os textos” Modelos pedagógicos e modelos epistemológicos”, de Fernando Becker, pude constatar que o meu entendimento sobre o que é conhecimento, esta condizente com suas idéias.
Como ele, não acredito no ensino tradicional, onde o professor ensina, na certeza de que o aluno aprende.
Tomando como base a fala de Emília Ferreiro e Ana Teberesky, as crianças necessitam elaborar diferentes hipóteses sobre o funcionamento do sistema de leitura e escrita, onde o professor será apenas o mediador. O aluno deixa de ser receptor de uma estrutura que “impõe” conhecimento e passa a ser autor de seu próprio conhecimento.
A escola tradicional, é autoritária, reprodutora de conhecimento, enfim legitimada pela epistemologia empirista, onde o aluno perde sua curiosidade, reprimindo sua criatividade, e seu espírito crítico dá lugar ao silêncio.
Por outro lado, a escola tradicional apresenta determinantes que auxiliam na vida do aluno, pois quem durante toda a vida aprendeu a ouvir sem questionar, a submeter-se sem contestar, é um forte candidato ao mercado de trabalho.São pessoas que perdem sua identidade, que se acomodam , deixam de viver segundo seus princípios para atender a vontade do outro, deixando ser influenciado.
O professor não é dono da verdade e nem tão pouco do conhecimento, este faz parte da bagagem hereditária que todo ser humano carrega consigo desde seu nascimento, basta apenas que seja exercitado. O pobre do professor que age de maneira tradicional, não o faz por maldade, mas por acreditar que o conhecimento possa ser transmitido ao aluno.
Existem professores, não diretivos, acreditam na bagagem hereditária do aluno, auxiliam na aprendizagem, porem sem ensinar já que “ninguém ensina ninguém”. Esta postura pedagógica é fundamentada pela epistemologia apriorista.
A aprendizagem ocorre a partir do momento em que somos estimulados a dar respostas ao que nos é proposto, elaborando nossos conceitos e os colocando em prática.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

EDUCAÇÃO DE PESSOAS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS.

EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Estamos convivendo com o “insucesso educativo, onde os desiguais são tratados como iguais. Que escola é essa que para não contrariar a constituição de 1988 onde em seu Art. 208 cita como dever do estado:
III –atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência , preferencialmente na rede regular de ensino: garante matricula para estas crianças como se isto fosse suficiente, classificando a escola como inclusiva?
Escola inclusiva é muito mais, é contemplar todas as necessidades educacionais, podendo ser temporárias ou permanentes como: repetência, vítimas de abuso sexual,violação física, marginalizados, portadores de deficiência física ou mental, superdotados, excluídas pela religião, cor etc.
O professor agraciado com um aluno com dificuldade de aprendizagem deve sentir-se estimulado a desenvolver novas estratégias de ensino.
È necessário o professor ouvir o aluno com deficiência, de acordo com sua forma de comunicação, pois assim terá conhecimento do que ele considera válido para o seu bom desempenho.
Nós professores sabemos e devemos orientar a sociedade de que não há nenhum amparo legal para recusar matrícula em uma escola regular a alunos que apresentem algum tipo de deficiência de aprendizagem.
A LEI Nº. 7.853/89 define como crime recusar, suspender, adiar, cancelar ou extinguir a matrícula de um estudante por causa de sua deficiência, em qualquer curso ou nível de ensino, seja ele público ou privado.